1 de março de 2012

Como se deve dar esmolas?

“Por isso, quando você der esmola, não mande tocar trombeta na frente, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Eu garanto a vocês: eles já receberam a recompensa. Ao contrario, quando você der esmola, que a sua esquerda não saiba que a sua direita faz, para que a sua esmola fique escondida; e seu Pai, que vê o escondido, recompensará você.”
(Mateus 6,2-4)

A esmola é um gesto de partilha, e deve ser o sinal da compaixão que busca a justiça, relativizando o egoísmo da posse. Dar esmola para ser elogiado é servir a si mesmo e, portanto, falsificá-la.




29 de fevereiro de 2012

Como se deve rezar?

“Quando vocês rezarem, não sejam como os hipócritas, que gostam de rezar em pé nas sinagogas e nas esquinas, para serem vistos pelos homens. Eu garanto a vocês: eles já receberam a recompensa. Ao contrário, quando você rezar, entre no seu quarto, feche a porta, e reze ao seu Pai ocultamente; e o seu Pai que vê o escondido, recompensará você.” 
(Mateus 6,5-6) 

Na oração, o homem se volta para Deus, reconhecendo-o como único absoluto, e reconhecendo a si mesmo como criatura, relativizando a auto-suficiência. Por isso rezar para ser elogiado é colocar-se como centro, falsificando a oração.


28 de fevereiro de 2012

Porque as imagens dos Santos estão cobertas na Quaresma???

Pergunta:
Gostaria de saber costume de cobrir as imagens das igrejas no tempo da Quaresma. Quando se cobrem: No início da Quaresma ou apenas no início da Semana Santa, ou seja, no Domingo de Ramos? E quando se descobrem?

Resposta:
Antes da reforma litúrgica do Concilio Vaticano II era obrigatório cobrir, com véus roxos, todas as cruzes e imagens expostas ao culto na igreja. No Missal Romano de S. Pio V, terminada a missa do Sábado que precedia o Domingo da Paixão (5º Domingo da Quaresma), vinha esta orientação: “Antes das Vésperas, cobrem-se as Cruzes e Imagens que haja na igreja. As Cruzes permanecem cobertas até ao fim da adoração da Cruz, na Sexta-Feira Santa, e as Imagens até ao Hino dos Anjos (Glória a Deus nas Alturas) no Sábado Santo”. Era um costume ligado às duas últimas semanas da Quaresma, através do qual se desejava concentrar a atenção dos fiéis no mistério da Paixão do Senhor. Tudo o que pudesse desviá-la, como eram as imagens dos Santos, cobria-se. De onde vinha este costume? Certamente dos começos do segundo milênio ou dos finais do primeiro.

E o que dizem as normas litúrgicas atuais? Uma orientação inserida no Missal Romano de Paulo VI, depois da Missa do Sábado anterior ao 5º Domingo da Quaresma, diz: “O costume de cobrir as cruzes e as imagens das igrejas pode conservar-se, conforme o parecer da Conferência Episcopal. As cruzes permanecem cobertas até ao fim da celebração da Paixão do Senhor, na Sexta‑Feira Santa; as imagens, até ao começo da Vigília Pascal (cf. Missal Romano atual, p. 206.)

A grande diferença entre as orientações dos dois Missais consiste no seguinte: no primeiro, cobrir as Cruzes e Imagens era obrigatório (“cobrem-se...”); no segundo deixou de ser (“pode conservar-se o costume de cobrir...).

Consultando as orientações do Missal Romano, são deixadas várias hipóteses:
a) pode cobrir as imagens ou não as cobrir;
b) se as cobrir, mantém‑nas cobertas desde a tarde do Sábado anterior ao 5º Domingo da Quaresma, até ao começo da Vigília Pascal (e não até antes do Lava-pés na Missa da Ceia do Senhor, nem tão pouco até Sexta-Feira Santa).
A Orientação é clara: “... as imagens permanecem cobertas até ao começo da Vigília Pascal”.