18 de janeiro de 2012

DICA DE LITURGIA - A Missa parte por parte

Procissão de Entrada



          A Missa tem início com a PROCISSÃO DE ENTRADA. O documento número 43 da CNBB, sobre a animação da vida litúrgica no Brasil, lembra que "há possibilidade de uma grande variedade nesta procissão. O Missal Romano prevê, se oportuno, o uso da cruz  acompanhada de velas acesas, turíbulo já aceso, livro dos Evangelhos ou Lecionário. Outras circunstâncias poderão sugerir novos elementos como círio pascal, água benta, bandeira do padroeiro numa festa de santo, ramos, cartazes com dizeres, participação de representantes da comunidade (adultos, jovens, crianças)".

          Nas primeiras celebrações da Igreja, a procissão de entrada era muito solene. Era feita, quase sempre, podendo até ser de uma igreja para outra. Com o tempo o presidente da celebração passou vestir sua túnica e outras vestes ali mesmo, diante do altar. Hoje, com a reforma litúrgica promovida pelo Concílio Vaticano II (que completa 50 anos neste ano de 2012!), recuperou-se o valor desta procissão. Em alguns lugares, voltou-se a fazer, inclusive, a procissão de uma igreja para a outra, principalmente no período da Quaresma e Semana Santa. O sentido desta procissão deve ser a caminhada que as pessoas fazem de suas casas até a igreja. A Procissão de Entrada lembra que somos peregrinos neste mundo a caminho da Casa do Pai.

          O grande liturgista, cardeal Giacomo Lercaro, orientava que esta procissão devia ser feita com muita consciência e cuidado, pois não é um simples "símbolo" na liturgia, mas contém uma realidade muito profunda. "Caminhando para o altar, dirigimo-nos para o Cordeiro, que no altar está vivo e triunfante (Ap 5,6). É toda a realidade humana; é o povo que se torna comunidade peregrina, desejando encontrar-se em Deus".

          O Missal Romano nos orienta: "Executado o canto de entrada, o sacerdote, de pé junto à cadeira, junto com toda a assembléia faz o sinal da cruz" (IGMR - Instruções Gerais do Missal Romano, nº28).

          O sinal da cruz foi prática muito comum entre os primeiros cristãos, pois é uma espécie de resumo da fé. Santo Agostinho e São Jerônimo relatam que os cristãos de seu tempo o traçavam na testa, sobre os lábios e sobre o peito. Iniciar a missa com o sinal da cruz  lembra, em primeiro lugar, que a Missa é a memória do sacrifício de Cristo na Cruz e lembra também que participar da missa é um privilégio de quem já foi batizado. Fazer o sinal da cruz no início da missa significa também que a Eucaristia que comungamos na Santa Missa é obra da Santíssima Trindade. 

      Adaptação: Dom Manoel João Francisco - Bispo de Chapecó


Perguntas para reflexão:
1- Qual o sentido da procissão de entrada?
2- Qual o sentido do sinal da cruz no início da missa?
3- Como devemos valorizar este momento do início da nossa Missa?

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